Eu nunca fui muito de escrever para sites, para colunistas, manifestar opiniões nem para elogiar nem para criticar. Um pouco de preguiça, talvez. Mas sempre que eu escrevo vejo minhas palavras publicadas. A última foi para o Finatti, colunista da revista Dynamite que, na sua edição on-line, costuma misturar notícia relevante com estórias que só tem graça pra ele. Aí eu mandei um e-mail pra ele, que publicou na coluna:
CANTINHO DO LEITORFaz tempo que Zap’n’roll não publica aqui mensagens enviadas por nossos diletos leitores. Esta semana, porém, a coluna resolveu reproduzir abaixo o email mandado pelo leitor Alexandre Motta, da longínqua Manaus (nem tão longe assim, nestes tempos de internet), por julgar seus comentários (nem todos favoráveis à coluna) bastante oportunos. Vejam só:
“Hi boy
Bem, nunca escrevi pra Zap’n’roll, apesar de ler a coluna desde sempre. Partilhamos o mesmo (bom) gosto por música relevante, por cultura.
Confesso que fiquei um pouco surpreso ao ver, nas últimas colunas, menção ao Decemberists e ao site Pitchfork. Engraçado como o conhecimento se tornou tão fácil e palatável ao ponto de eu achar que um colunista que eu respeito parecia não conhecer um site que há anos trás ótima informação sobre a cena independente. Digo isso porque acompanho as matérias do Pitchfork há muito tempo e sempre ouvi ali coisas que eu acho que qualquer dia estarão por aí, mais e melhor divulgadas e fazendo a nossa alegria. Me dou à presunção de indicar, ainda, os ainda melhores insound.com e epitonic.com. E eu realmente vou achar muito cômico se vc não os conhecer. Fica a dica.
E leitor chato, pede. Mas não vou pedir CDs, nenhum mimo, nada. Nem quero entrar na inútil polêmica de que o Finatti é isso, ou o Finatti é aquilo. Meu amigo (posso?), você já se deu conta da relevância de fazer menção a questões políticas, sociais, ou ainda, pessoais na sua coluna? Acha mesmo que ali é o espaço para isso? Suas impressões sobre acontecimentos da vida pública do país e as estórias de seu passado ficariam, acho, mais bem colocadas em um site pessoal, um blog, sei lá. Eu não iria lá ler isso, mas degustaria sua coluna com ainda mais prazer se esses assuntos não estivessem misturados às coisas que eu realmente aprecio nelas.
Cara, seus leitores sabem muito bem que vc é contra ao download não-oficial e blah blah blah. Beleza, eu também! Então esqueçamos o Strokes e divulguemos o Koufax, o Goldrush, o Porstatatic, o … vamos divulgar esses sites já citados, com seus imperdíveis downloads autorizados, vamos fazer a galerinha, por exemplo, adotar software livre, uma bandeira que nunca vi levantada pela “galera do rock”, vamos iniciar uma campanha contra software pirata, contra “CD de camelô”, etc, etc. Ou vamos simplesmente falar do que interessa e deixar as pessoas agirem de acordo com as suas consciências, indicando caminhos, ok, mas não misturando as coisas.
É só um toque.
Keep Strong
Alexandre Motta – Manaus – AM
Sobre as observações do dileto leitor, a coluna tem a dizer o seguinte: quando citou o site pitchforkmedia.com em sua última edição, Zap’n’roll o fez por considerar que o site está hoje entre as principais fontes de informação para aqueles que buscam novidades sobre o rock alternativo mundial. O colunista já conhecia o site há tempos e estava apenas esperando a melhor oportunidade para citá-lo aqui, já que considera que nunca é tarde para dar uma dica bacana para seus leitores. Assim como também agradece a menção que Alexandre fez a outros sites e que futuramente poderão também ser indicados aqui como fonte de informação adicional para quem lê estas linhas virtuais semanais. Quanto aos assuntos “extra-musicais” abordados pela coluna (como o referendo sobre desarmamento ou mesmo as histórias pessoais do colunista), eles deverão continuar por aqui. Já se tornaram uma espécie de marca registrada do colunista, um exercício de estilo talvez, além de um compromisso pessoal de quem escreve este espaço para com temas sociais e políticos que julgamos relevantes. Claro, há quem goste disso e quem não goste (como é o caso de Alexandre) e aí está toda a graça do negócio. Afinal, estamos todos numa democracia onde cada um tem liberdade para se manifestar da forma que bem entender. Utilizando um clichê batidíssimo: o que seria do vermelho se todos gostassem do azul? Daqui, fica o caloroso abraço de Zap’n’roll ao Alexandre Motta.
Isso tá tudo aqui
Ao som de RadarPop, um podcast de cultura pop, ótimo. Sobre podcast falamos depois… Só posso dizer que pode ser a derrocada final das rádios como a conhecíamos. O que é uma ótima notícia (a não ser que vc tenha saco pra Cidades e Jovem Pan da vida).
Motinha, é o Luiz Sérgio, meu camarada como vai a sua família? Será que tem vaga na CSM para St, eu e Andréia estamos querendo voltar para esse lugar, a fim de realizar concursos públicos.
Luiz Sérgio