Tambores psicodélicos

No início dos maravilhosos anos 90 havia o rock. Nos dois primeiros anos da década foram lançados alguns dos melhores discos de todos os tempos. Em todas as listas, dessas que agora saem toda semana, sempre vai ter um grunge e um Beatles. Um britpop e um Led Zepellin. Guitarras dominavam e eu gostava muito. 1994 teve morte do Senna e Copa do Mundo. E Raimundos. Rock com rabeca. Era mais purista e preconceituoso que hoje, não a ponto de não gostar daquela mistura. Era alto, rock rebelde.

Mas me lembro bem de quando ouvi Da Lama ao Caos pela primeira vez. Tinha guitarra, tinha mistura, mas não tinha putaria. “Posso sair daqui pra me organizar, Posso sair daqui pra desorganizar”. Tinha um gênio lá, tinha uns tambores, uma psicodelia. Tinha Hendrix e Luiz Gonzaga. Pirei. Depois de muito indie em inglês tocado por bandas brasileiras que eu amava, eu agora podia dizer que também tinha música em português que achava foda. Vieram a reboque duas de minhas bandas preferidas: Devotos do Ódio e Mundo Livre S.A.

O imperdível Festival In-Edit trouxe na programação deste ano o filme sobre essa cena recifense.

Com depoimentos de seus criadores, companheiros e herdeiros, Jura Capela nos conta como que um movimento estético, vindo do mangue, aumentou a visibilidade das periferias e manifestações culturais da região metropolitana do Recife. Unindo diversas vertentes como música, cinema, artes visuais e literatura, o Manguebeat não só se consolidou um dos mais importantes movimentos culturais das últimas décadas, mas também gravou para a posteridade nomes como Chico Science & Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, o festival Abril Pro Rock, entre outros.

Outra que me chamou muita atenção logo de cara foi Maracatu Atômico. Cara, com um nome desse 🙂 Som que demoraria muito tempo para eu descobrir tratar-se de uma música de Gilberto Gil. Lúcio Maia, o ótimo guitarrista da Nação Zumbi, inclusive, fala no filme que eles eram bons de regravação. Concordo totalmente até porque, muito tempo depois, em 2017, a Nação Zumbi cometeria Radiola NZ, um ótimo disco de covers:

Quando um filme termina e eu tenho vontade de fazer um monte de coisa relacionada a ele, é porque realmente curti muito. No caso, vim logo escrever isso, ouvindo as bandas do movimento, buscar meus CD no fundo do armário, ripar, ler o encarte. Relembrar essa macumba. Salve Chico Science!

Velhas ondas radiofônicas

Essa é uma história de amor. Vamos a ela …

Todos temos aquelas lembranças da infância, aquele momento que continua vívido na memória, aquele instante que não se apaga. Você não se lembra de alguma coisa que aconteceu ano passado (ainda mais atualmente, onde parece que acontecem milhares de coisas todo dia), mas tem aquele momento marcado na sua mente. Ou vários deles. Como o móvel que tocava som (sim) em que meu pai ouvia jogos do Fluminense e discos de bolero.

Um móvel com toca-discos escondido


Minha mãe tinha, e ainda tem, uma mania curiosa. A primeira coisa que faz quando acorda é ligar o rádio. Sempre foi assim. Eu tomava meu lanche e me preparava para a escola ao som de algum comunicador Globo. 1220AM. Um conjunto de letras e números que diz muito pra muita gente. Show do Antônio Carlos era cedinho, Haroldo de Andrade tinha debate ao meio-dia, Luiz de França tinha efemérides vespertinas. Mamãe só dava um descanso pro bichinho depois da Ave Maria.


Uma escapadinha para a Tupi, Nacional, Tamoio. Bastava uma mudança na programação pra Dona Lúcia tentar achar abrigo em outras ondas curtas. Mas sempre voltava. Aqueles caras faziam parte da família, aquelas notícias, O Globo no Ar de hora em hora, eram verdades incontestáveis. Nos fins de semana a programação mudava. Tinha especiais com Roberto Carlos, tinha futebol. O radinho nunca descansava.
Com a adolescência, os amigos, o pop-rock que dava as caras, Dona Lúcia perdeu minha companhia junto ao aparelho, aquilo já não me interessava tanto. Mas a semente estava plantada.

Nas FM, mais descoladas e de som melhor, tinha Rádio Cidade e Transamérica (Rock que Rola por Essas Bandas, clássico total). E tinha a Fluminense FM de Niterói, a Maldita 94,9 Khz me pirando total. Foi o suficiente pra me descolar do pop rock brazuca que inundava o dial. Sempre gostei muito de Titãs e Ira!, mas não gostava muito do resto. E a Maldita me fez caminhar para outro lado. Do lado do Mack Twist, que nas manhãs tocava skate rock e me adrenalizava com os maravilhosos clássicos Institucionalized, do Suicidal Tendencies, e Johhny Hit and Run Paulene, do X, Surfista Calhorda, dos Replicantes, entre tantos outros. Sons que moldam uma personalidade, marcam uma vida, hits de uma existência. Você se sente meio dono. Tinha muito mais naquela estação niteroiense: o grande José Roberto Mahr e seus Novas Tendências. Ah, quinta-feira à noite era dia de ajeitar bem o Walkman no único lugar da casa que o sinal não fugia, e curtir aquelas duas horas (uma de indie, uma de eletrônicos) e ouvir um mundo maravilhoso de novos sons. Eu lia na BIZZ e esperava o José Roberto Mahr tocar. Aliás, eu tive o prazer de conhecer o DJ Zé Roberto, assistindo a gravação de um programa seu, já na Cidade FM. Uma baita experiência, assistindo tudo no estúdio, ao vivaço, e ainda levando pra casa os prêmios do dia, um poster e uma camiseta do The Doors, o filme que estava estreando Brasil.

Philips SkyMaster só tinha rádio e maravilhosos controles de volume independentes deslizantes (!). O Walkman Sony (a pilhas) foi comprado com o (uau) cartão de crédito de um amigo. Muita modernidade.


Mas voltando à Flu FM de Niterói: um marco na vida dos poucos que foram expostos a suas ondas sonoras (poucos, porque o alcance era pequeno). Eu gravava vários programas: além do NT, o College Radio, do Rodrigo Lariú, que até hoje faz seu belo trabalho em prol das guitar bands brazucas, com seu selo Midsummer Madness, e o Hellradio, que teve vida curta, apresentado por Tom Leão e o baixista da Plebe, André X. Tinha ainda um programa que você mandava a programação inteira pra eles tocarem, tipo “um-programa-só-seu” (mas que, na minha vez, foi editado e colocaram coisas que eu não pedi! 🙂


Inicio dos anos 90. O tempo não pára. Agora é hora de trabalhar e ganhar dinheiro. E viver a chegada do revolucionário Compact Disc. O redondinho brilhante prometia qualidade superior, mais tempo de música, mais isso e melhor aquilo. Enquanto isso, nos sebos do Largo de São Francisco, centrão do Rio de Janeiro, vinis a 1 real, afinal o povo só queria a novidade a laser. Várias tardes de sexta-feira dedicadas ao garimpo do bichão preto, feio e chiado, papelão amassado, de som ruim e tosco (vinis não eram hype, não eram caríssimos, viviam um deprimente fim de sua primeira vida). Enquanto no mesmo centrão do Rio de Janeiro eu comprava o primeiro CD da minha vida, Bricks are heavy, do L7, eu aguardava a sorte de ser contemplado no consórcio do meu 4 em 1 Sharp (rádio, duplo deck, CD e vinil, o que pode ser mais excitante?).

Quando finalmente fui contemplado com aquela pequena maravilha, mal sabia o que ouvir primeiro: sintonizar a Flu FM e dar um REC naquele cassete virgem BASF 90 comprado no camelô da Uruguaiana, sentir a emoção de botar o CD na gavetinha e ver o painelzinho digital laranja anunciar o número e a duração da faixa ou meter o vinilzão do Ten e cantar Alive a plenos pulmões?
Foi no aparelho Sharp que até hoje sobrevive na casa da Dona Lúcia (olha ela aí de novo) que eu gravei fitinhas cassete pra dar de presente aos amigos, naquela ânsia de “propagar os bons sons” (Fábio Massari). Nele ouvi música tão alto que, mesmo de fones ouvido, acordava meu pai. Naquele aparelho de som o rádio já brigava por espaço com as mídias. Além da Flu FM pouca coisa chamava atenção no dial AM/FM: um futebol no AM, “comunicadores” chatos nas FM, frequência que a dona Lúcia nunca ouviu: o radinho na cozinha era só AM, o aparelho “da sala” era muito difícil de mexer.

Rádio, disco, fita, CD, display de led. Um companheiro de muitas e agradáveis horas

No saudoso e porraloka período em que morei com amigos no Rio de Janeiro eu comprei um CD player portátil, tipo boombox, para alegrar nossas farras naquele apartamento com muitas histórias pra contar. As já citadas rádios e sua programação rock dividiam espaço com alguns CD e, principalmente, com gravações em fitas cassete da programação, de demotapes recebidas pelo correio e do bom e velho escambo: alguém gravava, passava, copiava, roubava. Piratas!

Que saudade desse carinha

Quando fui em morar em Manaus, as primeiras coisas que comprei, depois da geladeira e do colchão, foram um computador e um aparelho de som. O desktop já começava a ser imprescindível em um lar e o incrível Pionner, adquirido na Zona Franca de Manaus, sintonizava rádio, claro, e tinha, ainda, além do CD player, um tocador de minidisc! Sim, agora eu podia comprar disquinhos virgens e gravar rádio e CD (alugados) com qualidade digital. E podia, ainda, pasmem, escrever e gravar os nomes das músicas gravadas, que iriam aparecer no lindo display azul.

Muita alegria para um jovem solteiro e apaixonado (por som)

A entrada em cena daquela CPU branca, do monitor CRT e da conexão discada são o início da nova era. Não sem saudosismo: Napster, Audiogalaxy, Soulseek, madrugadas em claro. Mas isso é outra história.

Onde toca rádio nesse troço?

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Antiga estação ferroviária de Ubá

Rodeiro
Piraúba
Rio Novo
Juiz de Fora – Coronel Pacheco – Tabuleiro – Rio Pomba – Ubá – Rodeiro – Sobral Pinto – Astolfo Dutra – Piraúba – Guarani – Rio Novo – Goianá – Coronel Pacheco – Juiz de Fora
Aproximadamente 230 km

Percorrido em 23 de janeiro de 2022, com uma Honda CB 500X

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Registro do Paraibuna, caminho novo da Estrada Real

Em Rio das Flores , muitas fazendas da época do Ciclo do Café
Mais uma das muitas estações de trem abandonadas, desta feita em Sapucaia
Além Paraíba
Aproximadamente 360 km

Percorrido em 16 de janeiro de 2022, com uma Honda CB 500X

ano novo?

já que o movimento de translação da terra nos trouxe mais um ano (o quatro-milionésimo-e-alguma-coisa), que ele seja menos escroto, que a escrota raça humana esqueça essas divindades escrotas e se lembrem de reciclar o lixo, que não comprem bobagens que não precisam e que não têm dinheiro pra pagar, que deixem em paz os diferentes, que os diferentes se deixem em paz e não encham o meu saco e, claro, que o flamengo ganhe alguma coisa nessa porra!

E vamos pra América

Férias de janeiro. 15 dias nos Estados Unidos da América: Brasília / Las Vegas / Monterey / Santa Barbara / Disney California / San Diego / Las Vegas. Vamos nessa?

Dia 1: de Brasília a Miami foram pouco mais de 7 horas em um confortável vôo da TAM, onde pude assistir aos ótimos Sicario e Mr Holmes. A parte boa da conexão em Miami é que a migração foi feita ali, e a espera na fila ajuda a passar o tempo e facilitar muito a chegada em Vegas. A estada no gigantesco aeroporto de Miami foi tranqüila, o que não se pode dizer do chato vôo de mais de 5 horas até Las Vegas. O cansaço, o fuso e um pequeno atraso no vôo da American foram recompensados pela facilidade com que resolvemos as duas próximas missões do dia: apanhar a nossa minivan na Hertz, uma Chrysler Town & Country novíssima e que nos acomodou muito bem nesses dias, e fazer check in no Excalibur.

Dia 2: uma boa noite de sono, panquecas do Ihop de café da manhã (primeira comprovação de como se come mal nessas terras) e a primeira passada em algumas lojas, com destaque para as novidades tecnológicas da Frys. A tour pelos hotéis/cassino da Strip pode ser cansativa para quem não estiver bem de preparo físico. São muitas atrações e as horas voam. Destaque positivo para o Venetian,  com um bonito céu artificial e o luxo que a cidade italiana não tem e, de negativo, os homeless querendo uma ajuda, triste sinal de tempos magros e, ainda, para o mau gosto de algumas instalações nos hotéis, breguíssimas. É possível circular entre todos os hotéis praticamente sem pisar na Strip, já que são interligados, o que ajuda a minimizar o frio dessa época. Destaque do dia para a High Roller, anunciada como a maior roda gigante do mundo. Por 27 dólares (o valor aumenta depois das 18 horas), passamos incríveis 30 minutos curtindo o visual excêntrico e belo da cidade cravada no deserto. Cervejando com a tradicional e fraca Bud Ice, largamente consumida por aquelas plagas.

Strip Las Vegas

Passarelas interligam os muitos hotéis na Strip

High Roller

Nas “cabines” da High Roller rolam até festas

Dia 3: ir a Vegas e não ir ao Grand Canyon? Impossível. Partimos cedo e depois de 40 minutos chegamos na Hoover Dam, a impressionante represa que abastece a região. Estacionamento a 10 dólares (no melhor lugar, mas tem locais gratuitos), visitas guiadas ao interior da usina, que não fizemos, “divisa” entre os fusos dos estados de Nevada e Arizona, belíssimo visual da ponte sobre o Colorado que separa os dois estados, enfim, um passeio imperdível. Mais alguns minutos e chegamos ao Lake Meal, um local de pesca, bom pra ver o rio Colorado bem de perto. Ali, com um mapa detalhado da região, convenci os amigos de que era perfeitamente possível ir ao West, a parte que dizem ser a menos especial do Canyon. Que nada. Vale muito a experiência de dirigir através do deserto por mais ou menos 2 horas, e chegar no Hualapai Legacy. Por um valor não muito barato, um ônibus nos leva a dois pontos do parque: o primeiro, o Eagle point, onde fica a Skywalk, a famosa e vertiginosa passarela de vidro, e o segundo, o Guano Point, com um visual ainda mais amplo do Grand Canyon. Se o tempo ajudar (fomos no fim de janeiro e ainda pegamos um restinho de neve), vale muito a pena. O susto do dia ficou para a chegada no parque onde um policial nos abordou alegando que passamos direto em uma parada obrigatória e dizendo não entender porque “brazilians are so fast”. O policial grandão foi sério mas cordial e não nos notificou. Terminamos o dia na Gamestop, loja de games com ótimos preços, e na Cissy, pizza barata. Cervejando: antes de dormir uma Foster’s, australiana fraquinha.

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Na Hoover Dam, a divisa entre os estados de Nevada e Arizona

Dia 4: a sanha inexplicável por compras. A visita entediante ao North Premium Outlets e suas lojas chinfrins, os cupons, os outros cupons e os demais cupons. Compre, compre, compre. Passo. Depois de dirigir por alguns quilômetros chegamos à LA Ciclery, recomendada pelo Pedaleria. Nada de realmente interessante e preços pouco convidativos. Ficou a vontade de alugar uma bike, a loja dá todo o suporte. Mais Strip e os hotéis Caesar, tão grande que simplesmente não achávamos o estacionamento (não o carro, o estacionamento!), e Bellagio, de gosto duvidosíssimo. Ao Freemont, espécie de baixo Las Vegas, restou o cansaço e o frio. Mas acho que é o único lugar de Vegas que eu gostaria de conhecer de novo e melhor.

Bellagio e Caesars

Os imponentes e gigantescos Bellagio e Caesars

Dia 5: os 745 km entre Las Vegas e Monterey, na condição de carona, deserto de Mojave a dentro, foram legais demais: aqueles caminhões, os retões, a captação de energia eólica, os aviões abandonados. Desta feita ficamos no El Castle Motel, de ótimo nível, bem localizado. Finalizando o dia com um lanche no tradicional Dennys e, claro, uma breja: New Belgium Fat Tire, que me atraiu porque tem uma bicicleta no desenho da embalagem. Boa. Mas não é belga, é uma artesanal ianque.

Mojave

Deserto, energia eólica e um resto de neve

Dia 6: começando o dia na simpática Monterey na bonita praia de Del Monte Beach e, em seguida, o Old Fisherman’s Wharf, pier bacana, lojinhas, restaurantes. Passeio muito legal. Bem próximo fica a indispensável 17 Mile Drive e os 10 dólares mais bem pagos de toda a viagem: um visual arrebatador (que não combina com carro, pede uma bike), mansões, a luxuosíssima Peeble Beach (milionários de Lamborghini e Tesla, comendo hamburger). E ainda tem o Carmel, ou Carmel-by-the-Sea, que já teve Clint Eastwood como prefeito, cheia de, dizem, galerias de arte que não encontramos. Rolou um rango no incrível Safeway e sua “máquina-de-fazer-refrigerantes”. Depois de tão agradáveis horas, voltamos ao Cannery Row, que adiamos quando passamos pela manhã, para aproveitar o lindo dia na incrível 17 Mile. Não arriscamos nem o passeio para ver as baleias nem a visita ao Bay Aquarium, mas o local, pequeno, é muito agradável. Retornamos ao hotel para aproveitar a máquina de lavar roupa :-). Fim de dia com uma Sierra Nevada, que é uma das cervejas artesanais que de artesanal não tem nada: é bem distribuída e fácil de encontrar. E muito boa.

Old Fisherman's Wharf

Peeble Beach

Tudo em Peeble Beach é bonito e luxuoso

Dia 7: Mesmo que desta vez o clima não tenha ajudado muito, ir de Monterey a Santa Barbara pela Highway 1 é daquelas experiências que se precisa viver: iniciamos pelo Big Sur, (na verdade apenas um local dentro do Los Padres National Forest), onde as lindas paisagens se sucedem, ficando difícil escolher os locais para parar e contemplar o visual (como em toda viagem, quem está em direção ao sul, como no nosso caso, leva alguma vantagem nesse quesito). Parada obrigatória é o Piedras Blancas State Marine, ponto de observação de leões marinhos (muitos, nessa época), e que tem até wifi. Ainda no caminho fica a simpática Morro Bay, que também vale a parada; Já em Santa Barbara demos uma olhada no píer a noite mas voltamos ao hotel que, sorte, ficava perto de um mercado bacana, o Whole Foods, que possui um barzinho simpático em seu interior, onde foi possível degustar um chopp Telegram Los Padres Ale e levar uma boa breja, deata vez a Lagunita.

Highway One

Point Piedras Blancas

Visual, leões marinhos e wi-fi na One

Dia 8: Após um passeio curto e desorientado por Santa Barbara, fomos conferir a Missão Espanhola, uma igreja muito bonita, datada de 1786. O local possui museu, mosteiro e, claro, lojinha. Perto dali vários prédios antigos bonitos para fotografar. Próxima parada foi a praia de Goleta, bonita e com mais um pier gigantesco, que o frio não nos encorajou explorar. De volta a locais mais centrais de Santa Barbara paramos no Shoreline Park e praia de Leadbetter. Aquela situação bacana de praia em clima frio: corajosos se aventurando no surf, pessoas caminhando, um clima meio bucólico. Hora de voltar ao Stearns Wharf, que já tínhamos visitado na véspera à noite, e aproveitar a degustação de vinho (Deep Sea, local, aprovado por quem bebeu) e o Seacenter, Museu de História Natural, vida marinha que meu filho, pelo menos, curtiu muito. Na Downtown Santa Barbara (State Ave. e adjacências) fica o shopping Paseo Nuevo e mais lojas, pessoas torcendo nos bares, belo astral e visual (e, inclusive uma linda loja de discos, tema de outro post). Chegando ao hotel, bem, lembra que ele ficava perto de um mercado maneiro? Então é hora de outro chopp, agora um Founders Breakfast Stout, lindo.

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Dia 9: saindo de Santa Barbara em direção a LA, nossa primeira parada foi em Malibu, que é daqueles locais que parece que o nome já explica tudo. Caifornian way of life total. Já o Píer de Santa Monica vale uma parada por mais tempo, por possuir um parque de diversões, lojas, um belo visual e ser o ponto final da Route 66. Próximo dali o escritório do Google (só deu pra ver por fora), Marina Del Mar cheia de barcos e, já chegando no trânsito pesado de Los Angeles, a icônca Beverly Hills (tem mansões de milionários ali, mas passamos batido disso), a Rodeo Drive dos endinheirados e, já no “baixo” Hollywood a Meltdown Comics (zilhões de quadrinhos e colecionáveis, aquelas nerdices que amamos) e a Amoeba Music. Impossível explicar o que é ficar apenas 20 minutos num dos lugares que eu mais sonhei conhecer na minha vida, principalmente após visualizar que trata-se realmente de tudo aquilo que sempre ouvi falar. Um dia eu volto, ah se volto (lágrimas). À noite fomos ao imponente Staples Center assistir um jogaço de basquete entre Clippers, donos da casa, e os Rockets, de Houston. Amante do esporte que sou, fui premiado com um jogaço com direito a cesta de 3 pontos no último segundo para levar o jogo para a prorrogação. Em termos de torcida senti muita falta da Urubuzada, da zoeira que fazemos nos estádios, mas a técnica dos caras e a vibe do lugar fez valer o ingresso caríssimo. Fim de jogo, com vitória do time da casa, meia hora até Anahein, próxima parada, e descanso.

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Pier de Santa Monica

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Rodeo Drive, sinônimo de dinheiro

Amoeba Music

Amoeba. O lugar mais lindo da Terra

Dia 10: No Residence Inn Suites, bem perto da Disney, bateu a vontade de descansar, deixar o tempo passar. À tarde voltamos a outra filial da Gamestop e ao Brea Shopping, que não fica muito perto, mas tem uma Apple Store, motivo da ida até lá. Aproveitamos a noite para dar um rolê na Downtown Disney,  visual bonito, loja da Lego, etc.

Dias 11 e 12: A Disney original do Senhor Walt é pura diversão. As recentes “parcerias” com a Marvel e a franquia Star Wars fizeram com que mais atrações fossem agregadas ao Resort. Você anda muito, paga caro, come mal e volta pro hotel feliz porque deu um monte de cambalhotas. Se a família fica imensamente feliz, não sou eu que vou discordar. E, sim, eu também me diverti muito. Cervejando com a Newcastle Brown Ale, britânica que ficou devendo.

Anahein

Caminho entre o hotel e a Disney, em Anahein

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Dia 13: A estrada que liga Anahein a San Diego, nossa última parada, não tem nada demais. Algumas placas tentavam nos deixar mais próximos do oceano, mas resolvemos não brigar com o GPS. A primeira parada na incrível San Diego foi nos entornos do Balboa Park, com dezenas de museus, parques incríveis, o famosíssimo zoo, aquela sensação de “vou-embora-sem-conhecer-nada-daqui”. Paramos na bela Vila espanhola de artes e seguimos ao Old Town, onde a parada foi rápida porque nos pareceu mais interessante à noite (e ficava perto do hotel em que ainda iríamos chegar). Meio perdidos e margeando a Baía de San Diego, fomos parar na Imperial Beach, ponto mais ao sul em que estivemos, já bem perto de Tijuana, depois de passar pela Base Naval de San Diego (a maior dos EUA). Se a agenda não estivesse tão apertada arriscaríamos adentrar terras mexicanas, mas fica para a próxima. Voltando a San Diego, atravessamos a ponte que separa a cidade da bela Coronado, com seu hotel gigante e praia linda. San Diego parece ter atrações intermináveis: o Gaslamp e o centro de convenções ficam no centro badalado, e ainda paramos no USS Midway, tido como maior porta-aviões museu do mundo. Não rolou conhecer o museu e as 27 aeronaves lá estacionadas, mas o entorno já é bonito o suficiente. Já noite, depois de deixar as malas no simples mas decente America’s Best Value Loma Lodge, voltamos ao Old Town e jantamos no O’Hungry’s, ambiente mexicano, agradável, cédulas de diversos países coladas por todas as paredes, música ao vivo e uma especie de “chopp-a-metro”, desta vez um Samuel Adams bastante bom.

San Diego

Dia 14: o coração já aperta, a viagem está acabando. Em frente ao hotel um depósito de bebidas enorme e sortido foi nossa última estada. Depois de algumas horas na 15, chegamos a Yermo, local do Calico Ghost Town, cidade “fantasma” cravada no deserto. A entrada não é das mais baratas e as desinteressanes atrações são cobradas a parte. Mas o visual faroeste é bem bacana e a parada vale a pena. De volta a Vegas estacionamos no Silverton, bom custo-benefício (por ficar um puco longe da Strip), não sem antes dar mais uma passada em algum outlet. A mexicana Corona (em formato latão não disponível no Brasil) foi a acompanhante da última noite na America.

That’s all folks 🙂

De cabeça erguida

Louco é quando escrevem tudo aquilo que vocẽ sente, que você queria escrever, dizer, gritar.

And the world could die in pain
And I wouldn’t feel no shame
And there’s nothing holding me to blame
Makes you want to feel makes you want to try
Makes you want to blow the stars from the sky
I’m taking myself to the dirty part of town
Where all my troubles can’t be found

Pólis

Aí, na boa: eu não ligo se você não se importa que o Aécio construiu um aeroporto nas terras da família e depois tacou fogo na prefeitura que continha provas. Que o PSDB não cumpriu seu papel estatal no governo de SP escondendo, por questões eleitoreiras que persistirão até segunda-feira, a gravíssima questão da água no estado. E também não ligo se você não se preocupa que o PT pode ficar 16 anos no poder, inchando a máquina pública e dando o peixe sem ensinar a pescar.

O que eu queria mesmo é que a política fosse capaz de melhorar o nível dos eleitores neste país. Dos eleitores: essa gente pentelha que me enche o saco com opiniões que eu não pedi. Que consegue votar no genial Marcelo Freixo (deputado estadual mais votado, sem UMA placa na rua) e em Bolsonaro (federal mais votado, disseminador de ódio).

Que chegue logo a segunda-feira e voltemos às nossas vidas. Essa que não desperta interesse NENHUM nesse bando que aí está – ou no que já esteve. Farinha do mesmo saco, mosca da mesma merda.

De clicar e pedalar

E não poderia deixar de lembrar que hoje, 19 de agosto, é o Dia Mundial da Fotografia e o Dia Nacional do Ciclista. Duas paixões por aqui. Minhas últimas explorações ciclísticas pelos arredores de Resende têm rendido grande visuais, mas ainda não sei como inserir a fotografia nesse contexto. Acho que prefiro deixar as belas imagens das manhãs de domingo na minha cabeça. Mas fica o registro: duas formas completamente diferentes e igualmente apaixonantes de viver a vida.

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Registro do meu Flickr

I just wanna stay alive

Eu não tenho nenhuma dúvida em afirmar que assistir essa música do Killing Chainsaw, no BHRIF (Belo Horizonte Rock Independent Fest), ao lado de meu grande amigo Jorge André, em 1994, foi uma das mais transcendentais e inesquecíveis experiências de minha vida. Eu não sei quem eu sou hoje, não sei quem eu era naquele ano, só me lembro de entrar num supermercado imundo ao lado da rodoviária pra comprar um quilo de alimento não perecível e entrar naquele lugar pra ver o Fugazi, que eu mal conhecia e hoje venero. Que eu morra com esse riff me atazanando o cérebro.

Cervejando no Chile

Dia 1: depois de passar a madrugada no Aeroporto do Galeão e da sempre tumultuada conexão em Guarulhos, onde aproveitamos para trocar dólares por pesos chilenos (o que não vale a pena, já que é preciso pagar duas taxas de conversão, de 32 reais cada), chegamos ao bem organizado Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez onde o controle na migração foi bem rápido e o Duty Free não pareceu interessante. Já éramos esperados no guichê da Transvip, onde já havia feito uma reserva por email. Foi um pouco mais caro, mas valeu pelo fato de não precisar negociar com os afoitos taxistas e o tranquilo trajeto de 20 minutos num Hyundai Sonata muito confortável. Nos dirigimos até a Huérfanos, onde ficamos no San Ignacio Suites. Na chegada não há nenhuma indicação de que estamos no local certo, afinal trata-se de um enorme complexo de mil apartamentos, entre moradias e apart hotéis. Um responsável já nos aguardava, o pagamento foi realizado todo de uma vez e as acomodações agradaram. O calor e cansaço nos impediram de explorar melhor o centro e depois de um passeio pelo Paseo Haumada e do almoço num restaurante bem simples (churrasco ao pobre, é esse mesmo o nome :-), o bom e velho bife com batata frita, acompanhado do garçom mau humorado do Nuria, fomos ao supermercado comprar gêneros para abastecer “nossa casa”, já que a estadia não contempla café da manhã, mas o apart tem tudo, só sentimos falta da cafeteira.
Cervejas do dia: Escudo e Becker, duas lager comuns, mas a primeira surpreendeu positivamente.

Dia 2: após uma noite bem dormida partimos pra canelar pelo Centro. Engraçado como o Chile acorda tarde, por volta de 09:30 os cafés ainda estão cheios e as lojas quase todas apenas abrindo. Tomamos um expresso num dos “café com piernas”, lojas da rede Haiti onde as atendentes estão sempre de minissaia. No nosso caso, infelizmente, as pernas eram bonitas, mas o rosto … Decepção grande foi encontrar a Plaza de Armas fechada para reformas, totalmente cercada e sem acesso. As obras começaram no início de janeiro e a previsão é de seis meses de reforma. Pena. Os muitos prédios históricos no Centro são bonitos e nem tão bem conservados. Uma caminhada pela Libertador, e chegamos ao Cerro Santa Lucía, local muito bacana e que nos presenteia com uma belíssima vista da cidade. Quem der mais sorte pode ver melhor os Andes, o tempo não nos ajudou. Mais uma caminhada pelas calçadas cheias de gente e de bicicletas (muitas, mas quase não há ciclovias), passando pela enorme Biblioteca Nacional, e chegamos ao Bela Vista, bairro de grande agito cultural, muitas universidades e badalação, com muitas opções de restaurante. Seguimos ao Funicular, espécie de bondinho que, por 2 mil pesos por pessoa, nos leva até ao ótimo zoológico e ao Cume, com uma igreja muito bonita e mais uma linda vista da cidade. Aproveitamos para experimentar o “mote com hesillas”, espécie de caldo de cana para os chilenos: colocam dois pêssegos em um copo com suco de pêssego e milho. Fica muito doce, mas estava bem gelado. Descendo, percebemos que os restaurantes que ficam fora do Pátio Bella Vista, shopping ao ar livre com ambiente chique, devem ser melhor opção, já que a nossa conta no Backstage foi muito salgada: pastel de choclo (massa de milho), empanada e duas cervejas africanas de 600 ml cada por 90 reais. Só valeu pelo ambiente bacana. Seguimos para La Chascona, uma das casa do escritor Pablo Neruda, mas o cansaço e a vontade de ver a outra casa dele fez com que não entrássemos (400 pesos por adulto). Optamos pelo trem para voltar: a estação Baquedano é central e tumultuada, o valor do bilhete muda após as 18 horas (compramos às 17:59 e ficamos presos na roleta, um funcionário quebrou o nosso galho).
Cervejas do dia: Tusker, queniana (indicação do garçom segundo o qual “os brasileiros sempre preferem cervejas mais leves”, Royal Guard, lager premium simpática, Stella Artois de lata (nunca vi no Brasil), a tradicional Quilmes argentina e uma Austral Pale Ale bem boa.

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Dia 3: Concha y Toro: ir ou não ir? A temida “horda de brasileiros” versus vários relatos positivos e a fama mundial. Vamos. Trem muito cheio na estação Baquedano nos fez mudar para outra rota, mas no fim dá no mesmo. Quase uma hora de uma viagem normal mas agradável pelo subúrbio de Santiago até a estação terminal de Ponte Alto mais dez minutos de táxi e cá estamos, confirmando na entrada a reserva feita por email. Tour em português para uns 20 brasileiros, guia agradável, local bonito, visita a duas adegas, historinha em vídeo do Casillera Del Diablo e duas degustações, por um preço justo. Não fossem os 15% de desconto para os vinhos degustados (não é minha praia, mas gostei dos três: Trio, branco, Gran Reserva e Casillera Del Diablo, o mais famoso da marca) e não valeria a pena comprar na lojinha, mas optamos por aproveitar o desconto. Dividimos o táxi com um casal de brasileiros e voltamos diretamente para o hotel, por causa do peso das garrafas. Descanso rápido e partimos para o Mercado Central, sem nenhum grande atrativo, com o característico cheiro de peixe, mas boa oportunidade para conhecer os mariscos chilenos. Fomos de loco (gostoso, servido frio) e salmão ao molho de camarão. O restaurante escolhido, Donde Augusto, ocupa grande parte do Mercado e é quase uma escolha óbvia. Preço apenas razoável, mas é o tipo de ambiente que gosto.
Cervejas do dia: Kunstmann Torobayo, pale ale bem consumida no Chile, Del Puerto Rubia, outra pale ale mais ou menos e Kross Maibock, lager forte e boa.

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Dia 4: Missão: conhecer Valparaíso e Viña Del Mar num bate-volta. Após a confusão no dia anterior na estação Baquedano, trocamos de linha e chegamos tranquilos à estação Universidade Santiago, onde fica o terminal de buses. Fomos abordados por uma agência de turismo que nos ofereceu um passeio que sairia mais barato que as quatro passagens (ida e volta). Resolvi manter a programação e após pagar 2200 pesos seguimos por uma hora e meia, por uma bela estrada até o terminal de Valparaíso, uma cidade característica, cheia de morros, bem povão, mas interessante. Ao lado da estação tem o imponente prédio do Congresso chileno. Seguimos a pé para La Sebastiana, uma das casas de Pablo Neruda, mas não foi uma boa ideia. Como o ascensor (espécie de bondinho) não está em funcionamento (são vários na cidade, mas a maioria não está), a caminhada foi longa e desgastante. Valeu a pena pelo lugar muito interessante, com audio guia em português e belo visual do Pacífico. Pedimos um taxi e por 7 mil pesos, e através dos morros chegamos ao Museo Naval, visita barata e muito interessante, com toda a história da Armada Chilena e onde está exposto uma das cápsulas que retirou os chilenos presos na mina em 2010. O artesanato na 21 de Mayo, em frente, é um pouco melhor, mas ainda assim sem nada interessante. Seguimos a pé até a Plaza Soto Maior, onde fica a estação do Puerto. Lá, no dia seguinte, seria feita a premiação do Dakar 2014 (sim, eu perdi 😦 Até Viña são umas cinco estacoes de um metrô muito bem cuidado. Descemos na estação anterior à central de Viña, e fomos conhecer o interessante Castelo Wulff e o enorme Casino. Mais uma vez um belo visual do Pacífico. A caminhada dali até as praias foi cansativa, passando por muitas barracas populares e alguma sujeira. Paramos para comer algo numa barraquinha (a empanada estava bem boa) e já estava na hora de retornar, porque nossa passagem de volta já estava comprada. Como não vimos taxi, arriscamos um ônibus que, embora cheio e calorento, nos deixou tranquilo no Terminal de Buses. Em Santiago, comércio já fechado, fomos jantar no Donde Guido, o filé da casa estava ótimo, recomendo.
Cervejas do dia: Cristal, uma lager bem comum e muito consumida lá e a mexicana Corona Extra. Ambas foram bem com o grande calor do dia.

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Dia 5: a ideia era acordar tarde, tomar café na rua, se empaturrar de guloseimas. Nesse último quesito não chegamos a tanto, mas foi bacana comer medialunas doces e salgada, cortado e juco de pina em um simpático café perto do Museu de Belas Artes. Aproveitamos para conhecer melhor o Museu e ainda vimos, no lado de fora, uma exposição de fotos com crianças com síndrome de Down com os “modelos” presentes junto às fotos, muito bacana. Seguimos caminhando pelo centro histórico, entramos na bela Biblioteca Nacional, no Centro de Artesanato da Santa Lucia (melhor opção para lembranças) e no entorno do Palácio La Moneda, sede do governo, onde pudemos entrar depois de criteriosa revista. Após isso pegamos o metrô e fomos conhecer o Bairro Providência e adjacências, tudo muito chique. Lá encaramos o gigantesco Costanera Center, recém inaugurado e tido como o maior shopping da América Latina, com lojas que não existem no Brasil e preços não muito abusivos. E foi “só”.
Cervejas do dia: A sempre ótima alemã Beck’s, lindamente consumida quando paramos para matar a sede na Providência, uma Austral Calafate no shopping, sazonal e feita de uma frutinha argentina, Salzburg, bacana, e Paceña, uma boliviana legalzinha.

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Dia 6: principais atrações vistas, optamos por dar uma volta pelo centro, fim de semana tranquilo e com muitas bicicletas nas ruas, o elevador do Cerro Santa Lúcia perto do hotel e umas lembrancinhas, no Museu de Belas Artes e no Mercado Central. Resolvemos conhecer o Parque Bicentenário, no chique bairro de Vitacura. Depois de algumas estações de metrô e uma boa caminhada por avenidas largas e cheias de prédios enormes, chegamos ao Parque, muito bem cuidado, grande e agradável, onde fica um prédio gigante e estiloso do Banco do Chile. Almoçamos por lá mesmo, no Mestizo, ambiente bacana, chique sem frescura. O côngrio estava gostoso, brasileiros puxando papo sobre futebol, fim de tarde no parque. De táxi voltamos ao Costanera para as sobremesas, por causa de lojas que não temos aqui, como Fredo e Cinamon. Restou um gás para, depois de mais um pouco de metrô, conhecermos o Bairro Brasil, com a Praça cheia de gente, uma homenagem a Jobim inaugurada por FHC, muito descuidada, e barzinhos mais pé-sujo (estava sentindo falta 😁), onde arrematei uma Escudo de litro, tampa de plástico e de rosca! Finalizamos no The Clinic, mistura de bar temático, loja de disco, exposição de arte, ambiente incrível, dica do MAC, editor do screamyell. Mojito, chopp Stella Artois e rock’n’roll! Hora de voltar pro hotel, arrumar as malas e diminuir o peso, esvaziando uma garrafa de vinho.
Cervejas do Dia: Szot Amber Ale, ótima, e Negra Modelo, bem boa.

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Dia 7: volta sem problemas, tranquilo. Valeu demais Chile, Sur del Mundo!!

Uretano

Acabo de assistir a “Dirty Money”, emocionante documentário sobre a história do skate no Brasil. Confesso que, por não praticar o esporte, estava buscando algo sobre a cena do hardcore brasileiro no início dos 90’s, que eu acompanhei tão de perto, trocando zines e flyers, assistindo a toscos vídeos gravados em VHS e, principalmente, colecionando demo tapes das bandas da época. Bem, pouco se fala de música no filme a não ser a menção do lançamento do Cold Beans, banda do grande Cesar Carpanez, de tantos bons seviços prestados à música brasileira.

Taí a cena do filme que mostra o EP do Cold Beans que, claro, tá na minha coleção, duvida?

Bem, pra quem não é da época pode não dizer muita coisa mas, pro veinho aqui, carai, emocionante.

Férias

Meu medo em relação a férias nem é o calor infernal, o trânsito escroto, tudo cheio e tumultuado, os parentes sinistros, os papais noéis chatos e medonhos, o BBB, a falta do futebol, os colchões desconhecidos, os filmes de criança, os presentes que eu não queria dar, nem receber, mas, isso sim muito importante: O que eu vou encontrar? MEUS VELHOS AMIGOS ou AMIGOS VELHOS?