A cura para todos os males

Naquela zapeada da preguiça pela TV me deparei hoje com o documentário “A vida até parece uma festa” que conta a trajetória dos Titãs, sem dúvida uma das maiores bandas brasileiras e das que me motivou a gostar de rock. O filme é bem antigo, achei até meio fraquinho, a banda merecia mais, quem sabe ainda role, mas bateu aquela ótima nostalgia. Ótimas lembranças. Quantos shows desses caras eu já assisti, bebaço, com os parceiros, em roubadas, enfim, vivendo meus 80’s/90’s.

Daí que quando ligo o computador, ainda naquela vibe nostálgica, vejo que no Record Store Day desse ano saiu o vinil de Just Like Heaven, uma das melhores músicas de todos os tempos, com o Cure de um lado e a versão torta e linda do maravilhoso Dinosaur Jr de outro.

Homem não chora é o caralho.

Tenho coração

Nunca entendi bem essa gente straight edge. Qual é a desses caras que tocam um puta hardcore, mas não bebem nem uma cervejinha? 🙂 Mas guardo com carinho meus CDs do Self Conviction, do Point of No Return, meu cartaz do Verdurada. E hoje, naquela passada pelo sempre fantástico Hangover Heart Attack, me deparo com esse Have Heart, apenas mais uma banda maneira de hardcore certinho (a galera conversando na boa com o policial em cima do palco é demais!). Good vibes total!!

Punk inocente

Hoje uma amiga me mandou esse post sinistro no Buzzfeed: 23 Pieces Of Evidence That Punk Is Dead. A velha história do punk morreu. Moicano de perna-de-pau pagodeiro, putz. Como eu não sei se o punk nasceu, depois de ouvir milhares de banda assim rotuladas, ler vários livros e assistir muitos documentários sobre o assunto, consolo-me ouvindo Os Estudantes, por exemplo, ou divulgando, para quem ainda não viu, o mini documentário do Inocentes, das primeiras punks desse país, que já tocou no Bolinha e na Mara Maravilha. Ou seja, filhos, o assunto é batidão (entenda como quiser …)

Músicas instigam

Um dia normal no trabalho. Um tempinho para ouvir um som na hora do almoço. Aciono o play no meu BeyondPod e lá vem um podcast alheio, desta feita o Conexões, da Oi FM. Vários sons legais misturados naquele sono. Mas, filho, algumas músicas tem um troço qualquer que dão um start louco de não sei o quê. “Meu, quanto tempo não ouço isso. Que puta música linda do caralho. Que versão é essa”. Enquanto não chego em casa e aciono aquele som no meu player, acompanho a letra, busco por outras versões no YT, não sacio minha incontida vontade matar a saudade. Ou de não matar. De só lembrar. Músicas instigam.

Os chave preta

Nem vou bancar o velho chato do tipo “eu-conheço-isso-há-muito-tempo” (sim, eu gosto de Black Keys desde o início do século). Só acho incrível que uma banda, depois de tanto tempo de bons serviços prestados, consiga atingir o hype com músicas incríveis e um álbum tão bom quanto o El Camino. Se é para ouvir riffs velhos de guitarra que o façamos com gente de sangue novo e deixemos os velhinhos em paz.

E, ápice do ápice, o que deve ser, depois de tanta luta, ter um disco em sua homenagem, com uma música sua que junta, SÓ, os lendários Iggy Pop e Ginger Baker? Consagração é isso.