E lá fomos nós, pela primeira vez, conhecer o grande Festival Internacional de Quadrinhos, que acontece a cada dois anos na capital mineira e esse ano homenageou o recentemente falecido quadrinhista Antônio Cedraz. Muuuitas horas de ônibus e uma grande curiosidade em conhecer melhor o evento onde se reune toda a cambada apaixonada pela banda desenhada.
Antes uma pequena nota: cada vez tenho tido mais desilusão com as nossas capitais. Por morar em uma cidade pequena, estranho e me entristeço muito com algumas situações vividas nas grandes cidades desse país pelas quais ainda gosto tanto de passear, como BH. Principalmente com a quantidade de mendigos pelas ruas. Muitos, mas muitos mesmo. Que infelizmente já parecem desapercebidos pelos locais, mas que não escapam aos meus olhos curiosos que adoram o exercício de observar a vida atribulada e poluída dos grandes centros. Pobreza e tristeza.

parede pra galera brincar à vontade
O FIQ 2015 tava muito cheio. Bombou mais do que esperava. A Serraria Souza Pinto é um local apropriado para o evento (mas tava MUITO quente lá dentro, os ventiladores não davam conta), e a organização foi ok, com pequenos contratempos admissíveis num evento gratuito. Valeu demais a oportunidade de conhecer grandes autores e ídolos como Marcatti e Gustavo Duarte, entre tantos outros. Os preços não estavam muito animadores, creio que as lojas e editoras perderam oportunidade de vender ainda mais.

Interessante e crítico painel sobre o Pantanal
O mais bacana no evento é o téte-a-téte com os autores, notadamente os independentes. Todo mundo vendendo seu peixe, divulgando seu trabalho, vendendo lindos prints que você não encontra facilmente pra adquirir. Uma linda demonstração de ralação e paixão!

Danielzinho, do Pipoca e Nanquim

o grande Marcatti assinou pra mim

autógrafo numa das melhores HQs dos últimos tempos no Brasil
Enfim, um fim-de-semana atípico, longe da família (questões financeiras :-(, de muita andança em BH e de muita satisfação em ver o movimento da galera: tinha cosplays, tinha Maurício de Souza em pessoa, tinha autores independentes de todo canto, tinha Marvel e DC, tinha mangás, tinha zines toscos e zines super esmerados, tinha tudão para quem gosta dessa viciante arte sequencial.